Este Outono quente que absolve
Amanda Knox
«As fotografias são um prodígio de casual-chique. Escoltada por polícias feias e esgalgadas, Amanda vai atenta nos seus olhos azuismetálicos, veste um pullover azulceleste, uma camisa branca com florzinhas que mostra os braços nus, uma camisola com várias cores horizontais, tem o cabelo solto na sala de audiências, ostenta uma placidez renascentista, contrai os lábios carnudos numa cara divertida, usa um casaquinho grená que lhe acentua os seios, espreita por cima do ombro, sorri para o juiz num friso de polícias encantados. Supostamente, um julgamento é a única circunstância em que ser atraente é prejudicial.» [Pedro Mexia, Amanda e os outros, 7 de Março de 2009]