Meus amigos, meus amigos, calma!! Sejamos magnânimos. Que almas duras e insensíveis somos nós, que não nos compadecemos com a súplica patente no seu despojamento total, com a nudez da sua alma, com a mortificação no seu olhar?! Perdoemos-lhe, caramba!! Por minha parte, estou pronto a dar-lhe o abraço da paz...
Deixo um aviso sério aos comentadores: a minha opinião sobre este caso está no título do post. Acho que se está a levantar um pé de vento sobre uma coisa que claramente não merece a dimensão que lhe demos. Só se explicam as reacções por algum desconforto nacional, que resvala perigosamente para um preconceito ainda maior que aquele que Maitê mostra num vídeo satírico, goste-se ou não. O que não admito, é que sob a capa da indignação se façam comentários racistas. Não serão tolerados, nunca.
Oi gente boa de Portugal, aqui é do Brasil! ... Calma, calma, calma - nada de ranger de dentes ou de rancores destilados. Nossa convivência é histórica, pois. Para os portugueses, as brasileiras são todas putas; para os brasileiros, os portugueses são todos burros. Estereótipos, clichés - obviamente nem todas as brasileiras são putas e nem todos os portugueses, burros. Intrigas familiares: mais bom humor nesta convivência seria bem-vindo. Miguel Marujo, congratulações! Seu blog é uma das melhores coisas da net. Não há nada similar que trate a beleza feminina com tanta nobreza, ternura, admiração e dedicação. Linda foto de Maitê Proença.
Na minha opinião, não se trata de algo sem importância uma vez que a fonte de S. Jerónimo é um símbolo de Portugal, e o acto de cuspir é desrespeitoso para todos os portugueses e até para os próprios brasileiros. Embora talvez não fosse com essa intenção o que conta é o simbolismo do acto em si. Gostava que os portugueses tivessem um pouco mais de auto-estima para não relativizarem este tipo de atitudes. Peço ao Miguel Marujo que encare este comentário como o de alguém que tem uma opinião diferente, mas que aprecia o seu blogue.
A importância que é dada ao que ela disse e as indignações provocadas são fruto da nossa falta de auto-estima, da nossa tacanhez, do nosso atraso cultural e até da nossa falta de patriotismo. Julgar que a Pátria é ofendida por uma merda destas é ter Portugal em muito má conta. Os efeitos do salazarismo ainda não passaram, caramba. Vitor